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Plantão
Nesta sexta-feira (22/05/2020), Foi publicado um artigo
científico na revista médico-científica The Lancet afirmou que não
houve melhora significativa na condição de saúde de pacientes medicados com
quatro protocolos diferentes de cloroquina e hidroxicloroquina.
Feito por um grupo de cardiologistas, o foco da pesquisa foi
identificar arritmias cardíacas e mortalidade hospitalar em pessoas sob o
efeito dos medicamentos. O estudo foi realizado em um grupo multinacional de
pacientes espalhados por 671 hospitais do mundo. Ao todo, 96.032 pacientes
participaram dos testes, sendo que cerca de 15% total – 14.888 pessoas – foram
medicados.
De acordo com a pesquisa, a mortalidade nos grupos que usaram as
diferentes variações de protocolo baseadas na cloroquina ficou em 9,3% – acima
do número do grupo de controle, as outras 81.144 pessoas. Neste grupo, que não
foi medicado da mesma maneira, a taxa ficou em 0,3%.
O artigo diz que, condições de saúde pré-existentes, como
diabetes, doenças cardíacas, índice de massa corporal (IMC), doenças pulmonares
e tabagismo não foram consideradas, já que poderiam influenciar nos resultados.
Apesar da indicação de ineficácia dos protocolos que usam
combinações de cloroquina e hidroxicloroquina, os autores do levantamento
afirmam que a análise não é definitiva, e que mais estudos serão necessários
para o diagnóstico final do uso das drogas.
Comorbidades
Apesar de não terem sido consideradas para o sucesso ou falha no
protocolo de medicação, as chamadas comorbidades – a presença de uma ou várias
doenças pré-existentes que podem potencializar os danos ao organismo – estavam
presentes em uma ampla parcela dos participantes do estudo. De acordo com a
publicação, 30,7% eram considerados obesos, com índice de massa corporal (IMC)
maior que 30 kg/m², 26,9% eram hipertensos, 13,8% eram diabéticos, 3% tinham
alguma doença imunossupressora, 17,2% eram ex-fumantes, 9,9% eram fumantes
ativos, 12,6% eram portadores de doença coronária, 2,5% tinham histórico de
falha cardíaca congestiva (entupimento de artérias) e 3,5% tinham histórico
prévio de arritmia. Todas essas condições, citam os pesquisadores, já são
relacionadas a uma alta taxa de mortalidade durante a internação hospitalar.
Substâncias
Metabolizada pelo fígado, a cloroquina já é uma droga conhecida
e regulada por instituições de saúde mundiais. A substância foi patenteada há
cerca de 70 anos, e tem o uso comprovadamente eficaz no combate à malária,
artrite reumatóide e nos sintomas de doenças autoimunes, como lúpus. A variação
mais nova da cloroquina, a hidroxicloroquina, pode ser tomada por mulheres
gestantes, mas provoca alguns efeitos adversos, entre eles náusea, vômitos e,
em casos mais severos, arritmia cardíaca.
Fernando Fraga – Agência Brasil
— Por Pernambuco News.
Edição CNP.
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Ninguém é obrigado a tomar, não querendo arriscar a arritmia pode embarcar tranquilo...
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