Plantão
Nesta quinta-feira (02/01/2020),
Já são quatro anos que Alisson Dantas, então com 18 anos, foi assassinado no
bairro Quati I, onde morava, em Petrolina, Pernambuco. De acordo com
investigações da Polícia Civil, ele foi atingido por golpes de facão, por um
vizinho que o acusou de usar a internet da rede wifi.
O Jovem foi esfaqueado na
noite do dia 30 de outubro de 2015. Ele foi socorrido pelo Samu e levado para o
Hospital Universitário (H.U), onde ficou internado por cinco dias, até que não
resistiu aos ferimentos e faleceu. Passados quatro anos da tragédia, parentes e
amigos da vítima continuam pedindo a prisão do acusado. Eles querem justiça
para o caso.
No início desta semana a
mãe da vítima solicitou mais uma vez justiça e esclare que acusado pelo crime
está preso no Paraná.
Confiram na integra Carta
de Claudia Dantas:
“Inicio o ano de 2020
tomada pela profunda e eterna dor da saudade do meu filho ALISON DANTAS. Sei
que muitos podem imaginar esse buraco deixado em minha alma, mas não podem
medir a sua extensão. Dor da ausência que carrego de um filho no qual teve aos
18 anos a vida Interrompida pelo Rezielio Alves de Almeida que o sentenciou ao
seu destino chamado MORTE.
Gostaria de compartilhar
com vocês, o meu receio a minha angustia mas também me agarrar a esperança e a
fé, após a audiência de instrução através de vídeo conferência que participei
no dia 08 de dezembro de 2019. Conferência na qual mesmo escolhendo não ver o
assassino do outro lado da tela todo cheio de vida, respirando tranquilamente,
foi quase que impossível pois diversas vezes a sua imagem aparecia.
Imaginem vocês o abalo que
ficou a minha mente e após 4 anos tentando sempre resgatar as melhores fotos do
meu filho em seus melhores momentos, olhares e sorrisos, tive que rever ainda
sem querer, fotos com as piores cenas que traziam o seu corpo já limpo porém
com os cortes em total profundidades e tamanhos inimagináveis que nenhuma mãe
jamais deveria ver. Naquele momento desabei. Foi um soco no estômago. Minha
alma gemeu.
Todas as emoções se
misturaram. Ao mesmo tempo em que eu estava voltando a reviver aquela cena de 4
anos atrás, por outro lado eu clamava a Deus reconhecendo que o caso do meu
filho não caiu no esquecimento. Finalmente algo estava sendo feito.
O que quero deixar expresso
é que o assassino seja julgado e sentenciado em nossa cidade (Petrolina) e
quero informar a vocês que os advogados e familiares dele estão lutando com
tudo para que o mesmo seja julgado no Paraná. Local onde encontra ele se preso
atualmente. Nem eu e nem vocês podemos aceitar tamanha injustiça. Vamos clamar
para que ele seja julgado aqui, onde ele ceifou a vida de um inocente. A nossa
sociedade merece essa resposta.
Queremos que vá a um Juri
popular e que a sentença saia e assim possamos lotar o fórum nesse dia.”
Assinado Claúdia Dantas
Fonte: Geraldo José.
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