Quatro mortos, dois presos e diversas armas apreendidas. Esse foi o saldo da operação que desarticulou uma quadrilha especializada em assaltos a carros-fortes e instituições financeiras com atuação em cidades de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Maranhão. Um policial militar do Ceará está entre os presos, apontado como o “braço armado” do esquema.
Os detalhes da operação, que incluiu as polícias Civil,
Militar e Federal através da força-tarefa Bancos, foram apresentados no Recife,
nesta quinta-feira (19). Comandante do Batalhão Especializado de Polícia do
Interior (BEPI), o tenente-coronel Ely Jobson explica trabalhos de inteligência
apontaram que a quadrilha estaria na zona rural de Salgueiro, no Sertão.
“Montamos um bloqueio no Sítio Quixaba 1. Os policiais
deram ordem de parada, mas os marginais não pararam”, explica o comandante,
apontando que houve troca de tiros e dois homens morreram na hora, enquanto os
outros fugiram pela caatinga.
Houve, então, perseguição pela caatinga e uma nova troca
de tiros, em que um terceiro homem foi morto. Na tarde desta quinta, um quarto
suspeito de envolvimento também morreu em confronto com a polícia, em
Salgueiro. “Foi feito cerco, tentou-se negociação. Ele reagiu, estava armado
com fuzil e ele veio a morrer”, explica Jobson.
Segundo a polícia, este quarto homem havia sido preso
cinco vezes, sendo quatro delas por assalto a bancos. Todos os envolvidos, com
exceção do policial militar do Ceará, já tinham passagens pela polícia, de
acordo com os investigadores.
Pela quantidade de armas apreendidas com a quadrilha, a
polícia acredita que eles se preparavam para assaltar um carro-forte que
passaria pela BR-232, em direção a Salgueiro, no horário aproximado da
operação. “Temos várias investigações em andamento. Aqueles que não se renderam
durante a abordagem, morreram no confronto”, aponta o chefe da Polícia Civil,
delegado Joselito Kerhle.
Líderes
Um dos líderes do esquema é um preso que se encontra
dentro do presídio de Salgueiro, sendo o sétimo integrante do grupo criminoso.
Segundo o delegado, ele era o mentor intelectual do grupo, enquanto o PM do
Ceará seria o braço armado da quadrilha.
“O policial, embora fosse destacado no Ceará, morava em
Salgueiro, de onde comandava e articulava com os demais a atuação fora do
presídio. Ele fornecia o suporte, o armamento, os veículos necessários. Foram
vários fuzis e armas curtas, como pistolas, apreendidos. Tudo isso era
fornecido e favorecido com a participação do policial e do outro braço direito
da organização”, detalha o chefe da Polícia Civil pernambucana.
Os investigadores acreditam que o policial,
aproveitando-se da posição que ocupava, transportava os armamentos utilizados
pela quadrilha.
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