O
médico uruguaio Gonzalo Lacerda Casaman (de camisa listrada), 31 anos,
prestou os primeiros atendimentos à vendedora de amendoins Helena
Paulina de Araújo, 63 anos, atropelada por uma motocicleta em Vitória de
Santo Antão, Pernambuco, onde acontece o curso de capacitação para
estes profissionais; o atendimento pode ter sido o primeiro do País no
âmbito do Mais Médicos; para calar os críticos e preconceituosos de
plantão, o médico passou o recado: “É por isso que estamos aqui”;
declaração é praticamente uma bofetada nos que condenam o programa;
“Graças a Deus ele estava aqui”, disse a vítima. Um médico presencia um atropelamento e
sai em socorro da vítima. A situação até poderia ser considerada
rotineira se não fosse por um detalhe. O médico é uruguaio e está no
meio da polêmica causada em torno do programa Mais Médicos, do governo
federal. O socorro prestado por Gonzalo Lacerda Casaman, 31 anos, à
vendedora de amendoins Helena Paulina de Araújo, 63 anos, pode ter sido o
primeiro atendimento feito por um médico estrangeiro incorporado ao
programa. O socorro
aconteceu no município de Vitória de Santo Antão, no Agreste
pernambucano, onde 115 médicos de vários países participam do curso de
capacitação oferecido pelo Ministério da Saúde. Sobre a polêmica em
torno das críticas e do preconceito contra os médicos formados no
exterior e que vão atuar no âmbito do programa, Casaman passou o recado:
“Estamos aqui para isso”, disse. O acidente aconteceu por volta das 13h
desta quarta-feira (28), em uma rua da região central do município de
Vitória de Santo Antão, quando Helena Paulina atravessava uma rua e foi
atingida por uma motocicleta. O local do atropelamento fica próximo à
Faculdade Miguel Arraes, local onde está sendo feito o curso de
capacitação dos médicos formados no exterior. Casaman, que morava na
cidade de Rivera, próximo da fronteira com o Brasil, realizou os
primeiros atendimentos e pediu que um guarda municipal acionasse o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em seguida, a vítima foi levada para uma
unidade de saúde para a realização de exames de raios-X. A vendedora de
amendoins, que sofreu escoriações e ferimentos leves, foi liberada
pouco depois. Ela sofreu traumatismos simples no joelho, tórax e
cotovelo. “Ele me pediu para ficar calma e me
tirou da rua. Me examinou e eu entendi tudo o que ele disse. Graças a
Deus ele estava aqui”, declarou a vendedora à imprensa. Já o médico
Gonzalo Lacerda Casaman diz que não fez mais por conta do atendimento
ter sido feito no meio da rua. “Eu estava voltando do almoço. Vi o
momento do acidente e voltei para socorrer a mulher. Fiz uma avaliação
primária para ver a consciência e os sinais dela. Não pude aprofundar o
exame físico por conta das condições”, afirmou.
Fonte: Brasil 247
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