Os quatro acusados de homicídio doloso no caso Kiss deixaram a
Penitenciária Estadual de Santa Maria
na noite desta quarta-feira (29), dia em que a Justiça determinou a
liberdade provisória. Deixaram a prisão por volta das 21h30 os sócios da
casa noturna Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann e os integrantes da
banda Gurizada Fandangueira, o vocalista Marcelo dos Santos e o produtor
Luciano Bonilha Leão. Os quatro estavam presos desde de o dia 28 de
janeiro, dia seguinte à
tragédia. Eles deixaram a penitenciária escoltados pela Brigada Militar e
pela Susepe. O pedido de liberdade provisória partiu do advogado Omar
Obregon, que
representa o vocalista do grupo que tocava na boate Kiss no momento em
que iniciou o incêndio. De acordo com a denúncia apresentada pelo
Ministério Público e acolhida pela 1ª Vara Criminal de Santa Maria, ele
foi responsável pela tragédia por ter apontado um sinalizador para cima,
o que fez com que o teto sobre o palco da boate incendiasse. Já o
produtor da banda foi responsabilizado por ter feito a compra do
fogo de artifício, que não seria adequado para locais fechados. Spohr e
Hoffmann foram denunciados por terem instalado um material inflamável na
cobertura do teto, pela falta de sinalização para a evacuação do prédio
em caso de incêndios e a colocação de gradis que dificultaram a saída
dos clientes da boate. Os quatro respondem por homicídio doloso
qualificado e 636 tentativas de homicídio.
Entenda
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, resultou em 242 mortes. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. O inquérito policial indiciou 16 pessoas criminalmente e responsabilizou outras 12. Já o MP denunciou oito pessoas, sendo quatro por homicídio, duas por fraude processual e duas por falso testemunho. A Justiça aceitou a denúncia. Com isso, os envolvidos no caso viram réus e serão julgados. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes da banda foram presos nos dias seguintes à tragédia, mas a Justiça concedeu liberdade provisória aos quatro em 29 de maio.
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, resultou em 242 mortes. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. O inquérito policial indiciou 16 pessoas criminalmente e responsabilizou outras 12. Já o MP denunciou oito pessoas, sendo quatro por homicídio, duas por fraude processual e duas por falso testemunho. A Justiça aceitou a denúncia. Com isso, os envolvidos no caso viram réus e serão julgados. Dois proprietários da casa noturna e dois integrantes da banda foram presos nos dias seguintes à tragédia, mas a Justiça concedeu liberdade provisória aos quatro em 29 de maio.
Veja as conclusões da investigação
- O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso no palco
- As faíscas atingiram a espuma do teto e deram início ao fogo
- O extintor de incêndio do lado do palco não funcionou
- A Kiss apresentava uma série das irregularidades quanto aos alvarás
- Havia superlotação no dia da tragédia, com no mínimo 864 pessoas
- A espuma utilizada para isolamento acústico era inadequada e irregular
- As grades de contenção (guarda-corpos) obstruíram a saída de vítimas
- A casa noturna tinha apenas uma porta de entrada e saída
- Não havia rotas adequadas e sinalizadas de saída em casos de emergência
- As portas tinham menos unidades de passagem do que o necessário
- Não havia exaustão de ar adequada, pois as janelas estavam obstruídas
Imagens: Google
Fonte: G1
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