Líderes globais tentam conter aumento de tensões com Coreia do Norte

 

Líder norte-coreano,Kim Jong-un, apareceu empunhando arma na sexta-feira (5/4)
Chanceler britânico pede calma e Suíça se oferece para intermediar conflito

Líderes e diplomatas internacionais tentam amenizar a escalada de tensões envolvendo a Coreia do Norte contra EUA e Coreia do Sul, para evitar desdobramentos mais sérios à retórica belicista de Pyongyang. Desde as sanções adotadas em março pela ONU, em retaliação a um terceiro teste nuclear realizado pelo país, a Coreia do Norte ameaçou alvejar os EUA com ataques nucleares, declarou formalmente guerra a Sul e ameaçou reabrir um reator nuclear, desafiando as restrições das Nações Unidas. Também orientou embaixadas a retirarem seu pessoal de Pyongyang. Neste domingo, o presidente Xi Jinping, da China - único aliado e principal parceiro comercial da Coreia do Norte -, declarou que nenhum país pode "lançar a região ao caos por razões egoístas". Sem mencionar a Coreia do Norte, Xi citou "desafios à estabilidade da Ásia" e disse que tais "razões egoístas" não serão toleradas. Reportagem do New York Times de sexta-feira afirma que os EUA estão pressionando a China a fechar o cerco ao regime de Pyongyang, caso contrário verão a presença militar norte-americana crescer na Ásia. Acredita-se que a própria China esteja cada vez mais incomodada com as ameaças bélicas norte-coreanas.

'Retórica paranoica'
Ainda na frente diplomática, o novo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, deve visitar China e Coreia do Sul nesta semana, para discutir as ameaças de Pyongyang. Na Europa, o chanceler britânico, William Hague, pediu "calma" para lidar com a crise. Apesar da "retórica paranoica" norte-coreana, é importante manter-se "firme e unido" e advertir o regime de Kim Jong-un quanto aos riscos de um eventual "erro de cálculo", disse à BBC. Hague disse que o país está fazendo "a escolha errada" entre as opções de isolamento e engajamento com a comunidade internacional. E a Suíça, por sua vez, ofereceu-se para mediar o diálogo com os norte-coreanos - mas ressaltou que não há conversas formais agendadas. Segundo a mídia suíça, o país abrigou por diversos anos o líder atual Kim Jung-un, que teria sido educado em escolas suíças durante diversos anos sob pesudônimo.

Testes
Apesar das iniciativas diplomáticas e da crença de que a possibilidade real de conflito seja pequena, a região segue volátil. Autoridades sul-coreanas disseram neste domingo que acreditam que o Norte realizará um teste de lançamento de míssil nesta semana. E os EUA adiaram seu próprio teste - de um míssil intercontinental - em uma base na costa oeste, por temores de que o teste fosse visto pelos norte-coreanos como uma ameaça. O correspondente da BBC em Seul (Coreia do Sul), John Sudworth, diz que Pyongyang provavelmente usará o adiamento americano em sua propaganda política, retratando-o como uma capitulação dos EUA diante da força norte-coreana. A mídia do país tem divulgado imagens mostrando seu Exército e sua suposta preparação militar para um eventual combate. Para muitos, a retórica belicista norte-coreana foca principalmente na audiência doméstica, para fortalecer a posição de Kim Jong-un, que, sem experiência militar, ascendeu ao poder após a morte de seu pai, Kim Jong-il, em dezembro de 2011.

Fonte: IG Último Segundo/BBC Brasil

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