No primeiro dia de aplicação da lei que tornou
mais rígidas as regras destinadas a reprimir o motorista que dirige sob o efeito
de bebidas alcoólicas , a Operação Lei Seca, no Rio, fiscalizou nas últimas
horas, 1.841 motoristas, sendo que 142 deles tiveram a carteira de motorista
apreendida. Na ação, 378 motoristas foram multados; 48 veículos rebocados e 153
motoristas foram submetidos ao teste do bafômetro. De acordo com o coordenador
da Operação Lei Seca, major da Polícia Militar, Marco Andrade, o que muda, na
prática, com a nova legislação, “é a sensação do agente constatar que o
motorista descia do carro, cambaleando, sem condições de ficar em pé e recusava
o teste e a gente não podia fazer nada”, explicou. De acordo com o oficial, com
as novas regras da Lei Seca, depoimentos dos agentes, vídeos, fotos e imagens
feitas pela fiscalização autorizam prender o motorista em flagrante e conduzi-lo
à delegacia, onde ele será autuado. O major Andrade disse que o motorista poderá
responder à infração em liberdade, porque o crime é afiançável. A multa dobrou
de R$ 957,65 para R$ 1.915,30. As ações da Lei Seca no Rio de Janeiro serão
aceleradas, devido à proximidade das festas de final de ano. Serão 140 ações
diárias em vários pontos da região metropolitana, com 250 agentes. O major Marco
Andrade disse que, a exemplo do que ocorreu no ano passado, neste final de ano,
a partir do dia 26, haverá voos de balões que são a marca registrada da Operação
Lei Seca. O balão ficará instalado na orla de Copacabana, altura da avenida
Princesa Isabel, no Leme. Serão oferecidos voos gratuitos para o carioca. “Nossa
intenção é que as pessoas entendam a importância do nosso trabalho, que é salvar
vidas. Além de contemplar o cenário, a ideia é que as pessoas lembrem – por
estarem dentro do balão – da nossa campanha e da importância de colaborar”.
Desde que a Operação Lei Seca foi implantada há quatro anos no Rio, 81 mil
motoristas tiveram a carteira de habilitação apreendida por estarem dirigindo
após ingerir bebida alcoólica. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, defende a
iniciativa da polícia fluminense. “Apoiamos todas as medidas que puderem ser
tomadas para que acidentes sejam evitados e vidas, salvas”. A violência no
trânsito reflete diretamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Para se ter uma
ideia desta realidade, só em 2011 foram registradas 155 mil internações no SUS
relacionadas a acidentes de trânsito, o que representou um custo de mais de R$
200 milhões. Esse valor leva em conta apenas as internações na rede hospitalar
pública, sem considerar os custos dos atendimentos imediatos às vítimas feitos
pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (Samu), nas unidades de
Pronto-Socorro e Pronto-Atendimento e na reabilitação do paciente com consultas,
exames, fisioterapia, dentre outros. “Com estes recursos, poderíamos construir
140 unidades de Pronto-Atendimento e melhorar o atendimento à população nas
urgências e emergências do país”, alerta o ministro. Fonte: Agência Brasil/Blog Diniz
K-9.
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