A juíza Andrea Caldas Souza Lisa, do 7º Juizado
Especial Cível do Fórum Desembargador Fernando Franco, em Aracaju, informou que
a sentença da cantora Rita Lee sobre a confusão durante seu show na região
metropolitana de Aracaju no dia 28 de janeiro deste ano, será proferida até o
dia 15 de dezembro após a junção da cópia do vídeo do show gravado pela
Secretaria de Estado da Cultura e a escala de policiais que trabalharam no
evento realizado no município Barra dos Coqueiros. No dia 8 de novembro, Rita
Lee participou de uma audiência com os militares no mesmo fórum e segundo a
magistrada, a audiência foi tranquila e ocorreu conforme o previsto. “A cantora
fez essas duas solicitações. Estamos aguardando o retorno das diligências com um
prazo de 15 dias para o cumprimento. Com o retorno dessas respostas as partes
têm o prazo de 5 dias para se manifestarem. Então até o meio de dezembro
deveremos ter uma resposta”, acredita. Andréa Caldas acrescentou também que a
cantora não tem mais obrigação de retornar a Aracaju. “Só era obrigatória a
presença na audiência por conta do depoimento dela, mas como ela já foi ouvida,
ela não precisa mais vir”, garante. Na ocasião, a cantora disse que está
tranquila com o andamento do processo. “Fui muito bem tratada, todos muito bem
educados. Então fiquei feliz em poder dizer que eu lamento o que aconteceu e que
eu espero voltar a Aracaju não em uma situação desagradável assim, mas para
fazer show mesmo, para botar a rapaziada para cima, pular e dançar”, afirmou. A
juíza Andrea Caldas ouviu um representante dos 35 policiais que entraram com
Ação Civil Indenizatória Moral e mais outros quatro militares a pedido da defesa
da cantora. Rita Lee, o marido dela, uma funcionária que trabalhou no dia do
show e a vereadora de Maceió (AL) , Heloísa Helena, testemunharam a favor da
roqueira. “Foi improbidade inconsequente e inaceitável do aparato policial”,
disse Heloísa que é amiga de Rita e a acompanhou no dia em que ela foi detida
após supostamente xingar os militares que faziam a segurança do evento de
‘cachorros’ e ‘filhos da puta’. De acordo com Plínio Karlo, advogado dos
militares, a defesa de Rita Lee alegou que os oficiais agiram com truculência
utilizando-se de cassetetes e que provocaram a cantora ao fazerem gestos de
prisão. “O que houve na verdade foi que a Polícia Militar estava fazendo um
trabalho ostensivo garantindo a ordem pública dos foliões. A cantora se sentiu
incomodada com a presença desses policiais que estavam só fazendo o trabalho
deles”, argumenta Plínio. Cada um dos 35 policiais pede indenização de mais de
R$ 24 mil, mas a defesa da roqueira se propôs a pagar R$ 1,5 mil para cada um
dos requerentes e a soma total de R$ 40 mil juntando todos os processos. O show
que a cantora fez no dia 28 de janeiro no Projeto Verão seria o último na
carreira da roqueira, ela voltou atrás na decisão e continua nos palcos. “Ih,
não foi dessa vez, mas quase”, finalizou Rita Lee. Fonte: G1/Blog
Diniz K-9.
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