Uma catadora de lixo fazia seu trabalho
habitual, na manhã daquele dia 25 de setembro último, procurando por materiais
que poderiam ser reciclados. Em meio a plásticos, roupas velhas e chorume, um
minúsculo amontoado de carne e osso. Um bebê. O recém-nascido jogado no lixão de
União dos Palmares havia sido 'descartado' por sua própria mãe, segundo a
polícia. Em investigação, o delegado Valdeks Pereira e sua equipe de agentes
descobriram que Aline da Silva Santos, de 22 anos, tinha sido a responsável por
tal ato desumano. No corpo da criança havia ainda marcas de perfurações,
inclusive no pescoço. Ao ser interrogado pelo delegado do caso, Aline contou que
teve o bebê no banheiro de sua residência e logo depois o matou a tesouradas.
Primeiro, ela cortou o elo entre a criança e ela: o cordão umbilical. Em
seguida, desferiu um golpe certeiro na barriga de seu próprio filho e depois em
seu pescoço. Aline teria visto o bebê se mexer após o primeiro golpe, sinal de
que ele tinha nascido aparentemente bem. Sem delongas, a mãe pôs o corpo dentro
de uma sacola plástica e o jogou no lixo no dia 24 de setembro. A Valdeks
Pereira, ela disse que seus pais não sabiam da gravidez e que só fez o que fez
para não ser expulsa de casa. Aline teve a prisão preventiva decretada e foi
encaminhada para o Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió. Depósito; O carro que recolhe os resíduos e sacolas de
lixo levou a criança já morta até o depósito de lixo na Favela Rios. Mal sabia
Zezito, o motorista do veículo, que carregava um ser humano morto pela própria
mãe dentro de uma sacola. Um dia depois a catadora encontrou o que não podia ser
reciclada, a oportunidade de viver.
Foto: João Paulo Farias, Fonte:
R7 Notícias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário