Advogado de defesa pede habeas corpus para o trio canibal
A defesa de umas das acusadas de integrar o trio responsável por assassinar mulheres, com violência, canibalismo e rituais macabros, em Olinda e Garanhuns, ingressou na Justiça com pedido de habeas corpus em favor da ré. O advogado de Isabel Cristina Torreão Pires, Paulo Henrique Melo Silva Sales, entrou com a ação na terça-feira (4) passada. A juíza Sandra de Arruda Beltrão, em substituição ao desembargador Leopoldo de Arruda Raposo, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), é a relatora do caso. A magistrada ainda irá analisar a solicitação, que não tem prazo. A defesa de Isabel Cristina entrou com o habeas corpus referente ao processo que a ré responde em Olinda. Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), ela é acusada de, junto com Jorge Beltrão Negromonte da Silveira e Bruna Cristina Oliveira da Silva, assassinar e ocultar o cadáver de Jéssica Camila da Silva Pereira, no ano de 2008, na cidade. O trio também responde pela morte de duas mulheres em Garanhuns, onde a 1ª Vara Criminal de Garanhuns aguarda a designação da data em que será realizado o exame de insanidade mental dos réus. O processo corre em segredo de Justiça e, por isso, os dias dos exames não serão divulgados. Entenda o caso Jéssica era moradora de rua, tinha 17 anos, uma filha de um ano e aceitou morar com os acusados. O casal, que não tinha filhos, planejou ficar com a criança depois de matar sua mãe. A criança está sob os cuidados do conselho tutelar desde que eles foram descobertos, em Garanhuns, onde Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão da Silva, 20 anos, foram mortas, respectivamente, em fevereiro e março deste ano. Nos três assassinatos há, segundo a polícia, evidências de indícios de prática de canibalismo e rituais macabros. A carne das vítimas era fatiada, guardada na geladeira e consumida pelo trio. A criança, inclusive, também teria comido da carne da mãe. Em Garanhuns, eles teriam até utilizado parte da carne das vítimas para rechear coxinhas e salgadinhos que vendiam em Garanhuns. Os acusados afirmam fazer parte da seita Cartel, que visa à purificação do mundo e o controle populacional, onde a ingestão da carne faria parte do processo de purificação. O caso veio a público depois que parentes de Giselly Helena da Silva denunciaram o seu desaparecimento. Os acusado usaram o cartão de crédito da vítima em lojas de Garanhuns e foram localizados. Uma publicação contendo os detalhes dos crimes foi encontrada na casa dos réus. Para a polícia pernambucana, não há possibilidade de outras mortes terem sido praticadas pelo trio no Estado. (G1).
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