Governo de Pernambuco condena greve da Polícia Civil e vai à Justiça

O recado foi dado pelo governador Eduardo Campos; o gestor, que vê ilegalidade na paralisação, descartou a possibilidade da implementação de reajuste salarial para categoria. O Governo do Estado promete jogar duro contra a greve da Polícia Civil de Pernambuco iniciada às 00h00 desta segunda-feira (23). Em entrevista à Rádio Jornal, o governador Eduardo Campos (PSB) descartou a possibilidade de reajuste salarial para a categoria, ressaltando que a paralisação é “ilegal”. Assegurando que o movimento é um reflexo de disputas internas na categoria, o gestor adiantou que ingressará na Justiça pela retomada das atividades dos grevistas. “A Procuradoria Geral do Estado vai entrar na Justiça, porque essa greve é completamente ilegal”, declarou o governador Eduardo Campos. “A economia no Brasil e no mundo afora está parada. A receita para os estados tem diminuído e não temos condições de dar esse reajuste. Não há a menor perspectiva de incremento da folha de pagamento”, acrescentou o governador. O Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco (Sinpol-PE) reivindica aumento salarial em 65% dos R$ 2.642,00 que recebem atualmente e melhorias nas condições de trabalho. Comparando a situação com o Estado de Sergipe, o presidente do Sinpol, Cláudio Marinho, afirma que lá os policiais ganham R$ 4.150,00 em início de carreira, enquanto que em Pernambuco o policial ganha este salário apenas no final de atividade. O dirigente já informou que apenas 600 delegados de polícia, 50 médicos legistas e 50 peritos criminais não entraram em greve. Em relação aos agentes, escrivães e comissários de polícia, peritos de papiloscopista, os auxiliares de legista e os de perito, apenas 30% continuarão as atividades.

Fonte: Brasil247