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Plantão
Nesta
quarta-feira (08/07/2020), Detentas denunciam administração e agentes
penitenciários da cadeia pública de Petrolina por abuso de autoridade e
atrocidades contra elas.
Detentas
da cadeia pública feminina de Petrolina PE, enviaram carta aberta pedindo
socorro alegando sofrerem maus tratos e fazem grave denúncia à administração e
contra agentes penitenciários por abuso de autoridade e outras atrocidades
cometidas contra elas. Confira na íntegra:
Nota
Venho
por meio desta gritar por socorro em nome de todas as detentas da comarca
feminina de Petrolina. Nós, além de estarmos sem visita por causa da pandemia
que está acontecendo no mundo, estamos sofrendo maus tratos, opressão,
inclusive passando fome.
A
gestora da unidade Paula Freire, já vem de uma longa data obrigando todas a
comer comida estragada como se fossemos porcos, se faz um macarrão é sobra, com
dois, três dias somos obrigadas a comer mesmo que estragado.
A
última dela foi, fazer uma sopa com os restos de uma feijoada que inclusive já
estava estragada. Como todas nós nos recusamos a comer, pois autoridades,
aquilo não era sopa e sim uma lavagem para porcos.
Ela
simplesmente surtou e colocou a detenta Jacilda de Souza, no isolamento, pois
ela foi uma das que se recusou a comer. Sem direito a se defender, foi levada a
sala da gestora, quando a detenta tentou falar, foi agredida com dois tapas na
cara na frente da mesma pelos agentes Aparecida e Maicon, tendo que ouvir que a
cadeia era dela, que íamos ter que comer o que ela mandasse.
A agente Aparecida abusando da sua
autoridade, usando opressão ameaçou de agredir a detenta Raphaela Freire na
frente da gestora e de todas as detentas.
Gritamos
por socorro a quem puder nos ouvir, delegados, promotores, juízes,
desembargadores, direitos humanos ou até mesmo o próprio coronel Clinton, que
há anos já não visita essa comarca, ao juiz da vara de execução, que também tem
mais de um ano que veio até a comarca, estamos a mercê de monstros.
A detenta Jacilda
Souza, foi jogada em um lugar desumano, que mais parece um calabouço, onde a
diretora guarda nossos mantimentos e ao mesmo tempo usa como criatório de
gatos, o ambiente é cheio de fezes e urina de gatos.
Clamamos
por socorro, já não suportamos mais sermos maltratadas e agredidas por alguns
agentes, já não aguentamos mais passar fome, já não aguentamos mais tanta
desumanidade. Sei que erramos e estamos aqui para pagar por nossos erros, mas
temos consciência que somos obrigação do estado, mais que estado é esse? Que
nos deixa a mercê de seres que eram para nos proteger e ao invés disso só
humilham, nos agridem fisicamente e psicologicamente. Vivemos encurraladas sem
termos o direito de reclamar de nada, pois quando isso acontece somos agredidas
ou isoladas quando não acontece os dois.
Quem
puder faça essa denúncia chegar a alguma autoridade “Humana” que nos enxergue
como gente e não como porcos. Já não suportamos mais, estou acabando de
escrever essa carta e não sei como será e como ficaremos aqui, pois sei que a
perseguição será muito pior.
Saibam
que essa não é a primeira denúncia, já teve outras, porém a diretora Paula Freire,
dar seu jeitinho para que tudo fique encoberto. Sem falar na corrupção que é
gritante nesta comarca, desviam o dinheiro que vem para nossa alimentação e
querem nos obrigar a comer lavagem.
Saibam
autoridades, essa não é a voz de uma detenta, mas sim de todas, ouçam nosso
grito de socorro.
— Via WhatsApp —
Edição CNP.
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