Plantão
Na
manhã desta segunda-feira (11/05/2020), O Secretário Executivo do Trabalho,
Schebna Machado, e o Secretário Executivo de Empreendedorismo da Secretaria do
Trabalho da cidade do Recife, Silvano Queiroga, estão presos no COTEL, acusados
de desviar recursos das obra da BR-101.
O
Secretário Executivo do Trabalho, Schebna Machado e o Secretário Executivo de
Empreendedorismo da Secretária do Trabalho da gestão Geraldo Julio, frente à
Prefeitura do Recife, Silvano Queiroga, foram presos na segunda fase da
Operação Outline da Polícia Federal que aconteceu na última sexta-feira (08),
suspeitos de fazerem parte de uma organização criminosa que teria desviado mais
de R$ 4 milhões de uma obra orçada em R$ 191 milhões, para recuperação da BR
101, em Pernambuco.
Tanto
Shebna, quanto Silvano, compõem o grupo político do deputado federal Sebastião
Oliveira, do Centrão, que além da indicação dos dois secretários executivos,
indicou o titular da Pasta, Antônio Neto. O deputado foi alvo de mandados de
busca e apreensão realizada pela Polícia Federal.
Chama
atenção que os dois secretários já haviam sido alvos de buscas e apreensões na
primeira fase da Operação Outline e mesmo assim foram mantidos nos cargos pelo
prefeito Geraldo Julio e pelo Secretário titular, Antônio Neto. Com a prisão de
dois de seus secretários era de se esperar que a Prefeitura do Recife emitisse
pelo menos uma nota sobre como ficará a situação dos secretários que estão
presos, temporariamente, no COTEL, por cinco dias, podendo esse prazo ser
prorrogado por mais cinco dias, ou mesmo convertida a prisão em preventiva.
O
Blog desde ontem enviou e-mail à assessoria da Prefeitura do Recife, dando a
oportunidade para os esclarecimentos que entender pertinentes, mas pelo visto,
a PCR entende que não deve qualquer satisfação à sociedade e segue, em silêncio
sepulcral, talvez na tentativa de abafar a repercussão do caso.
Quanto
as acusações que recaem sobre Shebna Machado, o Blog já mostrou que, segundo a
Polícia Federal, este seria o operador financeiro do esquema ilícito (Confira
em Com salário líquido de R$ 7,9 mil, Secretário de Geraldo Júlio, preso pela
PF por desvios no DER, confessa prática de agiotagem e posse de R$ 1,4 milhão em
dinheiro. Prefeitura silencia e Outline: PF mirou em propinas em obras e
acertou em “rachadinha” de “autoridades com foro privilegiado”. Esquema
apareceu nas conversas interceptadas pela Operação).
Sobre
o Secretário Executivo de Empreendedorismo da Secretaria do Trabalho da PCR,
ainda na primeira fase da Operação, deflagrada no ano passado, buscas e
apreensões realizadas na residência de Silvano Queiroga levaram à constatação
de que “Silvano Jose Queiroga de Carvalho Filho, ostenta padrão de vida
incompatível com os ganhos formalmente auferidos por ele e sua esposa Priscilla
Magalhães Queiroga de Carvalho”.
De
acordo com o juiz da 13ª Vara Federal, em Pernambuco, Cesar Arthur, que
autorizou a segunda fase da Operação, “Silvano e Priscilla são servidores
públicos ocupantes de cargos comissionados junto à Prefeitura do Recife/PE e
Casa Civil do Estado de Pernambuco e percebem, conjuntamente, rendimentos
mensais líquidos totais de R$ 12.224,18.” Apenas a título ilustrativo, diz o
Juiz, “destaca-se que a fatura de um cartão de crédito em nome de Silvano Queiroga,
com vencimento em abril de 2018, somou despesas no valor de R$ 12.449,12”.
Apesar
de não indicar bens em sua Declaração de Imposto de Renda, Silvano Queiroga e a
esposa “tem ou teve, sob sua posse e propriedade, imóveis, veículos e
embarcações de elevado padrão. Contudo, apenas Priscilla registrou em seu nome
parte do patrimônio.
O
veículo utilizado por Silvano, um VW Virtus, está registrado em nome de uma
locadora cujo proprietário é um primo de Priscila: a Concórdia Locadora, que
recebeu um depósito de R$ 65 mil de Silvano. Um apartamento, em Casa Forte,
avaliado em R$ 987 mil, onde mora Silvano e a esposa, está, segundo a PF, em
nome de um cunhado da esposa de Silvano.
Um
outro apartamento, também em Casa Forte, avaliado em R$ 615 mil, teria sido
vendido por Silvano para aquisição do outro apartamento no mesmo bairro nobre
do Recife. Silvano ainda seria proprietário de um jet sky e de uma lancha, além
de um flat, em Gravatá, que estaria em nome do outro preso pela Operação,
Schebna Machado, avaliado em R$ 300 mil.
Gilvan
Silva.

Nenhum comentário:
Postar um comentário