Nesta quarta-feira (15/04/2020), Segundo o ministro Marcos Pontes,
medicamento será testado em 500 pacientes e pode ser comprovado em algumas
semanas. Cientistas brasileiros também trabalham em testes e vacina
Cientistas brasileiros vão testar, em 500 pacientes, um medicamento,
quase sem efeitos colaterais, com eficácia de 94% em células infectadas pelo
novo coronavírus, com resultado, no máximo, em um mês. A informação foi
divulgada, nesta quarta-feira (15/4), pelo ministro de Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações, Marcos Pontes.
Segundo ele, país também desenvolve equipamento de inteligência
artificial para testar pessoas com suspeita de Covid-19. A resposta é em um
minuto e o teste utiliza reagentes nacionais.
“Vacinas demoram mais do que o reposicionamento de drogas, mas estamos
trabalhando com vacina dupla, tanto para Influenza quanto para a Covid”, disse.
“Só a ciência pode combater o vírus”, ressaltou Pontes.
O ministro não divulgou o nome do remédio para “não haver corrida” às
compras. Isso porque é um fármaco conhecido, amplamente disponível no mercado,
de acordo Marcelo Morales, secretário de Políticas para Formação e Ações
Estratégicas do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
(MCTIC). “Teremos nas nossas mãos, desenvolvido no Brasil, no máximo, na metade
de maio, a solução de um tratamento, com remédio disponível inclusive em
formulação pediátrica”, afirmou Pontes.
O remédio será testado em 500 pacientes em sete hospitais, cinco no
Rio de Janeiro, um em São Paulo e outro em Brasília. A administração do
medicamento será diária, durante cinco dias, com mais nove dias de observação.
“Em 14 dias, poderemos ver se os efeitos em pacientes serão os mesmos
já comprovados em células infectadas”, destacou o ministro. O ensaio clínico
será feito com pacientes que estão internados para o acompanhamento dos
sintomas e da carga viral.
Segundo o MCTIC, o protocolo será uma administração randomizada, ou
seja, nem médicos nem pacientes saberão quem está tomando a medicação e quem
está recebendo placebos. “Quero agradecer a comissão de ética do Ministério da
Saúde, que fez a aprovação do protocolo dos testes clínicos. Nas próximas
semanas, teremos os resultados”, disse Pontes.
Detalhes
Segundo o MCTIC, foram realizados testes utilizando medicamentos que
já são comercializados em farmácias para verificar se existe algum capaz de
combater a doença. A estratégia chamada de reposicionamento de fármacos é
adotada por uma força tarefa formada por 40 cientistas do Laboratório Nacional
de Biociências (LNBio), que integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e
Materiais (CNPEM), organização social do ministério.
Simone Kafruni.
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