O MPMT (Ministério Público do Estado) entrou na Justiça com um pedido de pagamento de
um salário mínimo por abuso de autoridade contra quatro assaltantes. Cinco
policiais militares são alvos da ação aberta pela 20ª Promotoria de Justiça Criminal,
e podem ser condenados a pagar R$ 880 aos meliantes, ou prestar dois meses de
serviços comunitários.
A audiência de
apresentação de caso foi realizada nesta quinta-feira (2) no Juizado Especial
Unificado de Cuiabá. Na ação, o promotor Roosevelt Pereira Cursine pede o
pagamento de um salário mínimo para cada envolvido na ocorrência, pois ele
entendeu que houve “abuso de autoridade” na abordagem dos policiais aos
três assaltantes.
O caso ocorreu
no dia 17 de outubro de 2016, quando três homens armados invadiram a
concessionária Borges Veículos, em Cuiabá, e renderam o proprietário,
funcionários e clientes no local enquanto roubavam objetos e uma caminhonete
Hilux e fugiram do local em seguida.
Ao empreender
fuga, os vagabundos foram perseguidos por duas viaturas. Durante a perseguição,
o bandido que estava ao volante, perdeu o controle da direção e subiu na
calçada. Quando os policiais se aproximaram, os vagabundos começaram a atirar
contra os policiais. Dois dos três assaltantes presos foram baleados.
Indignação
Em post
divulgado em seu facebook, o cabo Rodrigo Ribeiro Leite, responsável pela
equipe de policiais que fez a prisão, se mostrou indignado com a decisão
do Ministério Público em punir os policiais. Ele escreveu sobre a ação da sua
equipe e sobre a inversão de valores.
“O Ministério
Público ordenou que eu e as outras guarnições pagássemos um salário mínimo para
os bandidos, porque eles foram torturados, que a PM agiu com truculência.
Ainda, o bandido que eu consegui pegar, deu nome errado, depois lembrou seu
nome no Ministério Público, e o bandido ainda tem credibilidade perante a
sociedade? “, relatou o cabo da PM.
Confira o
‘post’ do cabo Ribeiro no facebok:
“Imaginem só, o
que nois PMs sofremos por várias inversão de valores, uma ocorrência padrão,
roubo na Borges veículos, elementos invadiram a loja armados e truculentos com
as vítimas, estavam os proprietários, clientes e funcionários da loja, foram
subtraído vários pertences como anéis, celulares, relógios, documentos, é uma
Hilux branca do proprietário. A minha Guarnição escutou no rádio uma Viatura do
Cb. Toninho, informando que estava em acompanhamento de uma Hilux branca
roubada, e os bandidos bateram a caminhonete e trocou tiro com a guarnição do
Cb. Toninho, onde dois dos 4 elementos foram baleados, um na perna, e outro no
pé, e uns dos 4 evadiu em direção a Av. do CPA, foi quando a minha Guarnição
estava próximo aí eu com a minha astúcia e visão aguçada, consegui ver o outro
foragido, prendemos e recuperamos um revólver calibre 38, e logo depois
encaminhamos os 3 detidos e um foragido, recuperamos todos os pertences das 7
vítimas, só ficou com o prejuízo foi o dono, pois sua caminhonete os bandidos bateram.
Aí fui hoje em
uma audiência no Jecrim, aí vi uma coisa que nunca tinha visto em 14 anos de
PM, O Ministério público ordenou que eu e as outras Guarnições, temos que pagar
um salário mínimo para os bandidos, porque eles foram torturados, que a PM agiu
com truculência, ainda o bandido que eu consegui pegar, deu nome errado, depois
lembrou seu nome no Ministério público, e o bandido ainda tem credibilidade
perante a sociedade? O dono da loja levou um prejuízo de quase 20 mil reais
para arrumar a caminhonete, todos eles foram torturados psicologicamente,
chamados de vagabundos e em todo o momento falavam que iam matar, depois da
ocorrência o Ministério Público ordena que os PMs que estavam na ação,
indenizam os bandidos? País de inversão de valores.
Como PMs
trabalham desse jeito, o que fazer?”
Coronel
Notícias Policiais
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