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Doméstica maltratava criança de 1 ano quando os pais não estavam em casa
Foto: reprodução vídeo
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O delegado Carlos José Barbosa de Lima, da Gerência de Proteção à
Criança e o Adolescente (GPCA) de Prazeres, Jaboatão dos Guararapes,
iniciou essa segunda (5) as investigações de um suposto caso de
maus-tratos, envolvendo uma babá de 30 anos e uma criança de um ano e
seis meses. As agressões foram filmadas por câmeras instaladas no quarto
do bebê em uma casa no bairro de Piedade.
Segundo o delegado, os pais da criança foram à delegacia no dia 15 de
julho para registrar queixa contra a empregada. Eles informaram que
tinham contratado a mulher há oito meses, mas só descobriram que ela
agredia a filha após verificarem melhor as gravações dos equipamentos,
instalados pela casa há mais de cinco anos. No mesmo dia, a criança foi
encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML) para fazer um exame de
corpo de delito. “Eu ainda não recebi o laudo médico, mas já solicitei o
envio com urgência. Além disso, vou analisar as imagens e ver se é
preciso chamar novamente as pessoas ouvidas para depor”, disse Barbosa. A
suspeita prestou depoimento no último dia 25 e negou as acusações. “Ela
foi bem fria quando se defendia. Disse que estava tirando caspas na
cabeça da menina, quando estava claro que eram cascudos. Além disso, ela
ainda debochou das cenas”, acrescentou o delegado.
O pai da garota, um empresário de 49 anos, explicou que a babá sabia da
existência das câmeras na casa antes mesmo de ser contratada. “Eu
instalei os equipamentos há muito tempo só para reforçar a segurança.
Nunca imaginei que fosse encontrar uma imagem daquelas”. O empresário
disse ainda que raramente verificava as gravações e que só resolveu
fazer isso por causa de uma queixa da suspeita. “Ela reclamava que
acordava mais cedo e fazia horas extra que não calculávamos.”
Se ficar comprovada a agressão, a mulher poderá responder pelo crime de
tortura ou maus-tratos. De acordo com a GPCA, só no primeiro semestre
deste ano foram registradas 199 notificações de maus tratos e 527 de
lesão corporal contra crianças e adolescentes.
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