Suspeito de envolvimento na morte de dentista em São José é preso

Homem foi encontrado na cidade vizinha de Caçapava (SP), diz polícia.

Família acompanha investigação e divulga carta de Alexandre Gaddy.

Um homem, suspeito de envolvimento no crime que resultou na morte de um dentista queimado em São José dos Campos (SP), foi preso nesta quinta-feira (13) em Caçapava, no interior de São Paulo. A vítima, Alexandre Peçanha Gaddy, de 41 anos, morreu no último dia 3 de junho após ficar uma semana internado por complicações causadas pelas queimaduras.
Sem revelar detalhes, a Polícia Civil informou apenas que o suspeito foi ouvido e está preso na cadeia de Caçapava para averiguação. A principal linha de investigação da polícia é que o dentista teria sido vítima de latrocínio - roubo seguido de morte. Apesar disso,  nenhuma outra hipótese foi descartada. 

O pai de Alexandre, Lance Gaddy, esteve nesta semana em São José dos Campos para acompanhar a investigação. Segundo Lance, a família aguarda respostas para o que aconteceu. No início das investigações, a polícia chegou a considerar a hipótese de suicídio, o que o pai não aceita.
“Nós estamos fazendo isso para tornar público o nosso descontentamento em levar a imagem do meu filho como uma pessoa problemática. Não aceitamos essa posição da polícia. E várias imperícias foram cometidas no consultório. Várias questões não estão sendo analisadas com cuidado suficiente. Uma delas é a vida pessoal privada do Alexandre", afirmou.
A própria família reúne documentos que possam ajudar a esclarecer o caso. Um deles é uma carta que Alexandre escreveu em novembro do ano passado para a atual mulher e os dois filhos. Em trecho, ele dizia que a família era a sua real felicidade e que amava todos. 
“Nós temos provas materiais e provas físicas, de pessoas, que estão dispostas a negar isso (a hipótese de suicídio). A mulher dele, os filhos, os irmãos, amigos, colegas, clientes, fornecedores. O Alexandre estava ótimo. A agenda dele estava lotada; ele era recém-casado e estava muito feliz com a mulher, com os filhos, inclusive eles chamavam minha nova nora de mãe”, contou o pai da vítima.

O Conselho Regional de Odontologia (CRO) também cobra mais rigor na investigação. "Podia ter havido uma certa contaminação na perícia inicial. Então, por esse motivo o conselho está pedindo através de ofício ao secretário de Segurança Pública que seja feita uma nova perícia para tentar, de vez, elucidar esse caso", pediu João Carlos Rocha, fiscal do CRO em São José.

A Polícia Civil não comentou as declarações do pai de Alexandre Gaddy, nem do Conselho de Odontologia.

O caso
Na noite de 27 de maio, o dentista Alexandre Gaddy foi encontrado queimado por vizinhos na frente de seu consultório, na zona leste de São José dos Campos, interior de São Paulo. Ele pedia ajuda e relatou que uma dupla encapuzada entrou no consultório  para efetuar um assalto. O dentista estava sozinho no local no momento da suposta abordagem.
O dentista foi resgatado ainda lúcido e contou para testemunhas que os criminosos não encontraram dinheiro no local e que por isso decidiram atear fogo nele. Ele foi  atendido inicialmente na Santa Casa de São José dos Campos  e depois tranferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 31 de maio.
O quadro de Alexandre se complicou e na noite do dia 3 de junho, ele morreu no hospital. A vítima estava com queimaduras em mais de 50% do corpo. A maioria das queimaduras era de terceiro grau e entre as regiões mais afetadas estavam abdômen, rosto, braços e coxa.G1.

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