
As marcas
Ao ser questionada sobre como ficará sua vida
daqui pra frente, Amanda destaca que estará mais tranquila enquanto o agressor
estiver preso e que tentará voltar à rotina, mas não deixa de lembrar que as
marcas da violência ficarão em sua memória. “Fisicamente, os endemas irão
sumir, as marcas irão sair, mas a questão do psicológico pesa. Minha filha de
seis anos ouviu tudo e entendia o que estava se passando. Ele deixou sequelas
não só em mim, mas na própria família dele e na minha”, destaca. Ela
reforçou ainda que familiares seus estão vindo a Petrolina para tratarem do
futuro de Amanda. Para as mulheres que têm medo de denunciar seus agressores, a
professora não apenas dá um recado, mas se torna o exemplo vivo de que é preciso
que todos se mobilizem contra a violência. “Eu espero que as pessoas tenham
coragem porque a gente não pode esperar o dia de amanhã. Se na primeira denúncia
ele tivesse sido preso, talvez eu não estivesse aqui nessa situação. Eu também
desejo que as autoridades entendam que uma lei existe e que precisa ser cumprida
rigorosamente e cobrada pela sociedade. Eu não tenho vergonha, nem medo de me
expor, o que eu tenho é um desejo muito grande de dizer às pessoas que não se
calem diante de situações como essa”, explica.
Sentimento de impunidade
Amanda ressalta também que seu agressor, pelo
fato de possuir amigos magistrados na cidade, acredita que não ficará detido por
muito tempo. Mas depois de denunciar o fato à polícia, ela diz acreditar que
isso não ocorra. “A própria delegada da Mulher, Dra .Raquel Rabelo, disse
que até hoje nunca viu nada parecido como o que aconteceu comigo”,
completou.
Fonte: Blog do Carlos Britto
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