
Contra o crack
A vacina também vai servir contra o vício em
crack. O tratamento exige cinco rodadas de injeções ao longo de 12 semanas, para
que sejam produzidos anticorpos em nível adequado. Após isso, é necessária uma
nova aplicação a cada três meses, para fortalecer o sistema imunológico do
dependente. “Não há, até agora, efeitos colaterais ou riscos significativos
observados”, diz Kosten. Ele ressalta que a vacina pode, em teoria, ser usada
por mulheres grávidas, “mas não há planos de testar neste segmento da
população”.
Recaídas
A injeção pode servir para evitar recaídas em
viciados sob tratamento, entre outras funções, afirma o médico. “Um novo estudo
nacional para medir a eficácia da vacina acabou de ser finalizado, e os
resultados devem ser liberados na primavera de 2013 [entre março e abril,
segundo as estações do ano nos EUA].” A vacina é um “bloqueador”, então seu uso
deve evitar overdoses de cocaína, ressalta Kosten. Além das injeções, ele aponta
que é importante que os viciados passem por terapia com psicólogos e tratamentos
auxiliares, para se recuperar totalmente. “É preciso pelo menos mais um teste
clínico antes que o tratamento possa ser analisado pela FDA [agência de controle
de medicamentos dos EUA], para distribuição no país”, pondera o médico.
Outras injeções
Kosten diz estar pesquisando injeções para
tratar outros tipos de vício em drogas. Entre as substâncias cujo vício pode ser
combatido estão a morfina e a metanfetamina. “As vacinas estão sendo testadas em
animais. No caso da metanfetamina, talvez em dois anos nós consigamos testar em
humanos”, diz o médico. Os primeiros testes de vacinas contra drogas realizados
em humanos ocorreram em 1996, e o primeiro estudo clínico do tratamento contra
cocaína foi em 2009, de acordo com Kosten. Fonte: Bem estar/Blog Diniz K-9.
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