Para
conter o uso de explosivos em ataques a caixas-eletrônicos, o Exército resolveu
endurecer as regras no controle de segurança de empresas que fabricam, vendem
ou usam o material, buscando evitar furtos, roubos e desvios. As novas regras
foram publicadas no Diário Oficial da União nesta semana. Só em 2010, mais de
uma tonelada de explosivos dos mais variados tipos foi parar nas mãos de
criminosos, segundo levantamento da Diretoria de Fiscalização de Produtos
Controlados, órgão subordinado ao Comando de Logística do Exército. O número é
170% superior ao ano anterior. São esses explosivos, segundo delegados da
Polícia Civil, que estão sendo usados em assaltos a agências bancárias em todo
o país. A partir desta semana, as empresas que manuseiam ou exercem atividades
com explosivos deverão, obrigatoriamente, apresentar um plano de segurança que
terá de descrever em detalhes as instalações internas, áreas de operações e
estoque, nomes e identificações de agentes envolvidos, além de rotas de
transporte e distribuição. Terão de ser elaborados croquis com a localização
das pessoas e cães responsáveis pela vigilância além de uma detalhada planta,
que deverá apontar a localização de muros e acessos, alarmes, áreas cobertas ou
não por câmeras de monitoramento, e todos os meios de comunicação disponíveis
para envio de sinal de alarme e de imagens sem fio existentes no local.
Multas
mais pesadas
A portaria número 3, publicada no Diário Oficial de segunda-feira (4), é um adendo ao Decreto 3.665, de 20 de novembro de 2000 (conhecido como R-105), que trata da fiscalização de produtos controlados e foca, principalmente, na segurança com o objetivo de prevenir detonações acidentais. Para o coronel Wanderley Mascarenhas, especialista em explosivos e ex-comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de São Paulo, as mudanças não ocorreram antes porque, até então, o Brasil não tinha histórico de atividades criminosas com o uso de explosivos e a legislação em vigor era eficiente para o controle. “Considero bastante produtivo aumentar a rigidez no controle de acesso ao material. Teremos grandes competições internacionais no país e sempre há o risco de explosivos desviados serem empregados em atentados”, diz. “O banco de dados também permitirá descobrir de forma mais rápida a procedência de explosivos usados. Hoje demora muito, porque as informações estão isoladas e as estatísticas não são difundidas”, pondera ele. A intenção do Exército é ainda aumentar as multas para quem descumprir as regras no manuseio com explosivos. Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército (Cecomsex), a Divisão de Produtos Controlados propôs alterações na legislação que impõe as punições aos infratores, “aumentando os valores com o objetivo de reduzir os ilícitos com explosivos”, diz o Exército. A proposta foi encaminhada ao Ministério da Defesa, que informou que o estudo do projeto está em fase final e, ao ser concluído, será enviado à Casa Civil.
A portaria número 3, publicada no Diário Oficial de segunda-feira (4), é um adendo ao Decreto 3.665, de 20 de novembro de 2000 (conhecido como R-105), que trata da fiscalização de produtos controlados e foca, principalmente, na segurança com o objetivo de prevenir detonações acidentais. Para o coronel Wanderley Mascarenhas, especialista em explosivos e ex-comandante do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) de São Paulo, as mudanças não ocorreram antes porque, até então, o Brasil não tinha histórico de atividades criminosas com o uso de explosivos e a legislação em vigor era eficiente para o controle. “Considero bastante produtivo aumentar a rigidez no controle de acesso ao material. Teremos grandes competições internacionais no país e sempre há o risco de explosivos desviados serem empregados em atentados”, diz. “O banco de dados também permitirá descobrir de forma mais rápida a procedência de explosivos usados. Hoje demora muito, porque as informações estão isoladas e as estatísticas não são difundidas”, pondera ele. A intenção do Exército é ainda aumentar as multas para quem descumprir as regras no manuseio com explosivos. Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército (Cecomsex), a Divisão de Produtos Controlados propôs alterações na legislação que impõe as punições aos infratores, “aumentando os valores com o objetivo de reduzir os ilícitos com explosivos”, diz o Exército. A proposta foi encaminhada ao Ministério da Defesa, que informou que o estudo do projeto está em fase final e, ao ser concluído, será enviado à Casa Civil.
Fonte:
G1/Blog Diniz K-9
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