
Vivemos um período conturbado, inquietante, assustador. O
mundo passa por uma crise profunda e não é só econômica, mas de valores.
As drogas avançam destruindo famílias, roubando os sonhos
de muitos jovens que se deixam arrastar por esse abismo sem volta.
O que temos feito para amenizar tanto sofrimento? Sabemos
que não é um problema isolado de alguns países, estados ou cidades, é um mal
generalizado, está em toda parte do mundo.
Juazeiro da Bahia não foge à regra. Convivemos no nosso
dia-a-dia, seja em casa, nas escolas, nos bares, restaurantes,nas praças, nas
ruas com inúmeras pessoas em situação deplorável, consumidas pelas drogas,
principalmente o crack, esse nefasto que vem destruindo a vida de milhares de
pessoas.
É uma questão social. Todos nós estamos sujeitos a
convivermos com um filho, irmão, parente, amigo, colega que tenha se envolvido
com as drogas. Está inserida em todas as classes sociais, por isso é um
problema que deve ser enfrentado por todos. E aos moralistas de plantão que se
acham acima de qualquer decadência, cuidado! A vida é uma caixinha de surpresa.
Essas pessoas precisam é de ajuda, e não de pancadas.
É obrigação do poder público tomar a iniciativa. Repressão
sozinha não resolve, eles estão doentes. É uma questão de saúde pública. Então,
se faz necessário que o gestor municipal enfrente o problema de frente, afinal
de contas saúde pública é um direito constitucional.
Não podemos é fazer vistas grossas e agir como se tudo
estivesse bem, pois não está, e qualquer um de nós pode ser vítima e passar a
perambular pela nossa querida cidade, sem ajuda, sem teto, sem afeto, sem amor,
sem nada.
Onde estão as políticas públicas, para pelo menos tentar
ajudar a amenizar esse contingente de pessoas que vivem nas ruas de Juazeiro se
drogando e, às vezes, cometendo delitos contra o cidadão?
Até quando Juazeiro vai ter esse cenário?
Edi Santana Barbosa/Professor – Juazeiro (BA)
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