A Polícia
Militar informou que prendeu, no início da madrugada deste domingo (13), no Rio
de Janeiro, um integrante de uma quadrilha que rivalizava com a do traficante
Márcio José Sabino Pereira, o "Matemático", morto no sábado (12) durante
operação policial. Um homem de 30 anos conhecido como "Tia Neia" foi preso em
São Cristóvão. Segundo a polícia, ele festejava a morte do rival Matemático. De
acordo com a polícia, com Neia foi apreendido um pó branco que seria cocaína. A
PM ocupou por tempo indeterminado as favelas da Zona Oeste do Rio que eram
dominadas pelo traficante Matemático. A ideia é continuar a desarticulação da
quadrilha que era comandada pelo bandido. "A investigação não acabou. É evidente
que, com o líder caindo o segundo escalão ascende naturalmente. Certamente
teremos outras prisões nos próximos dias ou meses", disse o delegado João Luiz
Araújo, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia
Federal, que atua em conjunto com as polícias Militar e Civil há cinco meses na
desarticulação do tráfico de drogas. A ação que resultou na morte de Matemático
começou no final da noite de sexta-feira (11) e entrou pela madrugada. O
delegado da DRE contou que recebeu informações de que o traficante estava
circulando pela Favela da Coreia num Logan prata. Ele pediu o apoio do
helicóptero da Polícia Civil para localizar o veículo pelo alto, e da PM para
fazer o cerco nas ruas do entorno da favela. Os quatro homens que estavam dentro
do carro, percebendo que tinham sido identificados, começaram a atirar contra o
helicóptero, segundo a polícia. Matemático foi morto por volta das 23h30 de
sexta, mas seu corpo só foi localizado em outro carro — um Gol preto — por volta
das 05h30 deste sábado, por policiais do Batalhão de Choque da PM. "Os disparos
foram intensos e vinham não só do carro, mas de vários pontos da favela", disse
Araújo.
Artilharia
pesada
O piloto
Adonis contou que, para defender a aeronave, teve de abrir artilharia pesada
contra o Logan onde estava o traficante. "Eles estavam a cerca de 100 km/h na
favela, tentando fugir do cerco, e disparavam contra a aeronave. Para
interceptá-los, baixamos a uma altitude que variou de 20 a 60 metros, para que
nenhum barraco fosse atingido pelos tiros disparados pelos policiais que estavam
na aeronave. Na tentativa de fugir, o Logan bateu num muro. Três homens
conseguiram fugir, mas tenho a impressão que Matemático ficou preso às ferragens
e só pôde ser removido pelos comparsas mais tarde", detalhou Adonis, informando
que o traficante levou ao menos um tiro que atravessou suas costas e atingiu o
joelho. O traficante tinha um torniquete improvisado com um cinto no joelho,
quando o corpo foi encontrado, dentro do carro que estava próximo ao antigo
viaduto de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ao RJTV, o subchefe operacional da
Polícia Civil, Fernando Veloso, confirmou que os tiros que mataram Matemático
partiram de um helicóptero. "A Divisão de Homicídios esteve cedo no local e o
delegado me afirmou que não há dúvidas de que os disparaos que atingiram não só
Matemático, mas como alguns de seus comparsas, partiram da aeronave", disse.
Além da morte de Matemático, um outro suspeito foi preso na operação da
sexta-feira. Segundo o delegado Araújo, em cinco meses de operação, até esse
sábado, 12 pessoas foram presas e foram apreendidos cinco fuzis, uma
metralhadora, três pistolas, cinco granadas, 14 carregadores, 177 munições de
calibres variados, seis radiotransmissores, 300 quilos de maconha, pouca
quantidade de cocaína e 1.580 pedras de crack.
Com informações do
G1Fonte: Polícia em Foco/Blog Diniz K-9
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