O que
acontece com a Segurança Pública de Pernambuco? O suicídio do Tenente – Coronel
Marinaldo Lima retrata o esgotamento mental da tropa. Este é o segundo suicídio
de um oficial da PM registrado em 2012. Salários baixos e muitas cobranças. A
sociedade não sabe mas as reuniões pelo Pacto pela Vida são verdadeiras torturas
psicológicas na busca ensandecida por resultados. Excessivas cargas horárias de
trabalho, promessas de diárias que não existem tudo para tentar garantir o
cumprimento das metas previstas pelo projeto. Onde andamos, seja na Capital ou
no Interior, o oficialato fala das cobranças do Governo do Estado e não é à toa
que os fatos estão acontecendo. O problema é que a tropa, do soldado ao coronel,
já não é mais a mesma. Policiais e bombeiros militares já não acreditam mais nas
promessas de melhorias. Ninguém quer arriscar a vida por tão pouco: um soldo de
R$ 1.700,00 ou por gratificações que nunca são pagas. Nós que fazemos a
Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados (ACS – PE) esperamos que a morte
deste militar não tenha sido em vão e que seja um divisor de águas quanto a
necessidade de mudança no esquema do Sistema de Segurança de Pública. O Tenente
– Coronel Marinaldo era um oficial bem quisto pela tropa. Reconhecido pela
operacionalidade e dedicação ao serviço. A própria Secretaria de Defesa Social
informou que ele estava com problemas financeiros. Ora, se um coronel vem
passando por tamanha dificuldade, imaginem a situação de um soldado? Não adianta
tapar o sol com a peneira. PMs e BMs estão cada vez mais insatisfeitos. Os
oficiais não tem como cobrar dos praças e agonizam. A tropa não da o resultado
esperado. Um dia alguém vai ter que entender, o que se passa na cabeça de uma
pessoa que está sendo cobrada de forma ostensiva por metas impossíveis de serem
alcançadas.
Fonte:
Polícia em Foco/Blog Diniz K-9
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