Plantão
Divulgado nesta segunda-feira (02/03/2020), Clientes de um
correspondente bancário, estabelecimento que recebe pagamento de boletos,
relatam que pagaram as contas de luz, água e até cartão de crédito no local mas
os valores pagos não foram repassados para as empresas. O caso ocorreu em
Juazeiro Bahia.
Conforme contam os clientes, os pagamentos não foram repassados para
as empresas e com isso, cobranças de juros e até avisos de corte em serviços
como água e luz, estão chegando na casa deles. O caso é investigado pela Polícia
Civil.
As pessoas denunciaram na delegacia terem sido vítimas de um golpe.
Apesar da atuação policial, eles ainda fizeram um grupo em um aplicativo de
conversas, para tentar resolver o problema com o dono do correspondente
bancário, mas o homem não gostou de ser cobrado.
Em um dos áudios, enviado por meio do aplicativo de celular, o homem
disse: "Se você tiver paciência, o dinheiro vai chegar amanhã, entendeu?
Em vez de estar pressionando, por que não vai fazer uma oração e pedir pra Deus
abençoar que venha mesmo?"
O dono do correspondente bancário se identificou apenas como Gil e
disse não querer a identidade dele divulgada pois está sendo ameaçado. Ele nega
que esteja com qualquer dinheiro dos clientes e diz que a culpa do problema é
da empresa responsável pelo sistema de pagamento.
"Eu questionei, desde o primeiro problema que ocorreu e como é
que vai ficar isso? Não, a gente vai encaminhar pro setor financeiro pra tá
resolvendo e em até 48h a gente vai tá podendo lhe dar um retorno e esse
retorno nunca chega”, disse o homem.
Por meio de nota, a empresa apontada pelo homem como responsável pelo
sistema de pagamento informou que o registro de agente apresentado no suposto
comprovante de pagamento não pertence a base de dados da empresa, que sua imagem
foi usada de forma indevida e está tomando medidas judiciais pertinentes em
caso de suposta fraude.
Relatos das vítimas
A confeiteira Rosimeire da Silva Lima é uma das pessoas que está com
dívidas após fazer o pagamento no correspondente bancário do suspeito, em
Juazeiro. Ela relata que, no local, pagou quase R$ 2,5 mil referente a parcela
de um empréstimo.
O problema é que como o dinheiro que ela pagou não foi repassado para
a empresa, a instituição entende que ela está em dívida e a parcela já passa dos
R$ 3 mil.
"Foi paga em dia. Eu sempre pago no banco, mas nesse dia eu
estava com pressa e paguei lá mesmo", conta.
O correspondente bancário começou a funcionar desde o fim de novembro
de 2019. Neste mês de fevereiro o ponto não está mais aberto e em operação.
O comerciante Cláudio Cassimiro está enfrentando problema semelhante
ao de Rosimere. Ele ficou com um prejuízo de quase R$ 800,00 em duas contas de
energia. Indignado com a situação, ele foi até a polícia.
"Fomos na delegacia, solicitamos uma viatura, levaram ele,
ficamos com ele lá de meio-dia até cinco horas da tarde, a gente dando
depoimento da gente, fazendo boletim de ocorrência", contou.
Na delegacia, o dono do correspondente bancário foi ouvido, mas
liberado em seguida. Segundo a Polícia Civil, não havia flagrante, nem mandado
de prisão para manter ele preso. A polícia disse ainda que o caso segue sendo
investigado e está numa fase preliminar, de coleta de provas.
A funcionária pública Cátia Simone de Oliveira também está com dívida
porque a conta que ela pagou não foi repassada para empresa e disse estar
revoltada.
"Ele poderia estar passando pra gente segurança que está
resolvendo o problema, no entanto ele não está", disse.
TV São Francisco.

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